Ubud
Ubud ? uma aldeia na reg?ncia de Gianyar, a uma hora de Denpasar, muito famosa pela sua arte e cultura, situada entre arrozais e colinas, com o famoso ayung ricer e o rio wos. Promovida como centro art?stico e cultural, desenvolveu uma grande ind?stria tur?stica. O turismo na ilha desenvolveu-se ap?s a chegada de Walter Spies, de etnia alem? nascido na R?ssia, que ensinava pintura e m?sica e se dedicava ? dan?a. Ubud tem muitos destinos tur?sticos, como o Puri Saren em Puri Ubud, o Mercado de Arte Tradicional, a Floresta dos Macacos e o Museu de Arte.
O complexo da casa:
Tradicionalmente, o complexo balin?s parece n?o ter as condi??es adequadas para dormir, comer e tomar banho da cultura ocidental moderna. Todos os edif?cios de uma casa balinesa n?o t?m paredes; na casa mais b?sica, o ?nico pavilh?o com paredes ? o pavilh?o onde dorme o chefe de fam?lia. Os restantes membros da fam?lia dormem num pavilh?o aberto. Os pavilh?es n?o t?m frequentemente paredes, s?o erguidos sobre um pedestal baixo e encimados por um telhado de telhas de barro ou de colmo, que ? suportado por uma estrutura de madeira ou de bambu, consoante a riqueza do propriet?rio. A parede, se for constru?da, constitui apenas um ecr? para proporcionar privacidade e n?o uma estrutura de suporte de carga. Cada edif?cio de uma casa ? identificado com uma determinada dire??o cardeal, ?rg?o do corpo, cor e divindade, dependendo da sua localiza??o.
Quando um filho da fam?lia se casa, a sua mulher muda-se normalmente para o seu recinto, pelo que um recinto ? frequentemente um local para fam?lias alargadas, cada uma com o seu pr?prio quarto de dormir, mas que partilham as outras instala??es. As actividades dom?sticas t?m lugar no exterior ou no pavilh?o. Tradicionalmente, n?o h? instala??es balneares num complexo balin?s, uma vez que as pessoas tomam banho nas piscinas p?blicas.
P?tio central
O p?tio central (natah), situado no centro, ? identificado metaforicamente com o umbigo. ? basicamente um p?tio central de terra batida que ? sempre mantido sem vegeta??o, exceto algumas flores ornamentais ou ?rvores kamboja decorativas[1]. ? o centro simb?lico do microcosmos dom?stico.
Santu?rio familiar
O santu?rio da fam?lia ? a ?rea mais sagrada do recinto, localizado no canto nordeste (kaja-kangin) mais auspicioso de uma casa balinesa. ? identificado metaforicamente com a cabe?a[1]. A ?rea do santu?rio familiar est? sempre encerrada num recinto sagrado (pamerajan). Dentro da ?rea do santu?rio familiar existem santu?rios dedicados a v?rios deuses hindus (por exemplo, Surya, Saraswati), esp?ritos da natureza (Sridevi, Ibu Pertiwi) e antepassados da fam?lia[5]. O santu?rio mais importante ? o sanggah kemulan, um santu?rio com tr?s compartimentos dedicados ? trimurti hindu de Brahma, Vishnu e Shiva. O sanggah kemulan ? uma estrutura de madeira simples, semelhante a uma casa, erguida sobre pilares e assente numa coluna feita de tijolo ou arenito. O sanggah kemulan situa-se naturalmente no canto mais sagrado do recinto do santu?rio familiar, o canto kaja-kangin. Na religi?o hindu balinesa, Brahma est? tamb?m associado aos antepassados masculinos da fam?lia, enquanto Vishnu est? associado aos antepassados femininos. Quando um homem balin?s se casa, deve construir um destes santu?rios[5]}. A ?rea do santu?rio familiar n?o ? o ?nico local onde existem santu?rios. Outros santu?rios, como por exemplo o sanggah pengijeng karang ("santu?rio protetor da casa"), est?o tradicionalmente situados no lado noroeste (kaja-kauh) do recinto da casa, a oeste do pavilh?o principal.
Pavilh?es
Os pavilh?es balineses (bale) podem ser identificados com as divis?es das casas de estilo ocidental: cada pavilh?o tem uma fun??o diferente. Os balineses classificam os pavilh?es de acordo com o n?mero de postes utilizados na sua constru??o. Um pavilh?o de quatro pilares ? conhecido como bale sakepat (pavilh?o de quatro pilares em balin?s), um pavilh?o de seis pilares ? conhecido como bale sakenam ("pavilh?o de seis pilares"), e assim por diante. Os balineses tamb?m classificam o pavilh?o de acordo com a sua posi??o no interior do recinto: um pavilh?o situado no lado leste (kangin) do recinto ? conhecido por bale dangin ("pavilh?o leste"), etc.
O pavilh?o mais importante numa casa balinesa ? o pavilh?o do chefe de fam?lia, conhecido como bale daja ("pavilh?o norte"), porque se situa no lado norte (kaja) da casa. ? tamb?m conhecido por bale meten (pavilh?o de dormir balin?s). O pavilh?o ? o principal quarto de dormir do chefe de fam?lia. Muitas vezes, ? o ?nico pavilh?o fechado ou com paredes dentro do recinto da casa, pelo que tamb?m ? utilizado para guardar as rel?quias de fam?lia. O Bale daja ? tamb?m o ?nico pavilh?o com telhado pontiagudo, sendo os outros com telhado de anca; um telhado pontiagudo est? normalmente associado a uma estrutura sagrada e ? tamb?m utilizado na estrutura dos santu?rios familiares. Sendo o ?nico s?tio onde existe privacidade, o bale daja pode ser utilizado para os rec?m-casados; durante a ocasi?o, o chefe de fam?lia pode sair temporariamente.
Outros pavilh?es numa casa balinesa s?o o bale sakepat ("pavilh?o de quatro postes") ou o bale dangin ("pavilh?o leste"), um pavilh?o com quatro postes e situado no lado leste da casa. O Bale sakepat ? tradicionalmente reservado para o chefe das outras fam?lias alargadas que vivem no recinto (geralmente irm?os) ou para a realiza??o de cerim?nias importantes (por exemplo, casamento ou limagem de dentes)[7]. O pavilh?o para receber convidados, o bale tiang sanga ("pavilh?o de nove colunas") ou bale dauh ("pavilh?o oeste"), situa-se no lado oeste (kauh) do recinto. O bale sakenam ("pavilh?o de seis pilares") ou bale delod ("pavilh?o sul") situa-se na extremidade sul (kelod) do p?tio; ? um pavilh?o utilit?rio tradicionalmente utilizado pelas mulheres para a tecelagem.
Estruturas utilit?rias
A cozinha (paon), o celeiro de arroz (lumbung) e, por vezes, uma pocilga s?o identificados com as pernas e os p?s.
A cozinha est? normalmente situada na extremidade sul do p?tio e a lareira ? identificada com os ?rg?os sexuais. A cozinha ? normalmente a estrutura mais simples de um complexo balin?s. A cozinha utiliza normalmente um telhado de duas ?guas, que ? relativamente mais f?cil do que a constru??o de um telhado de quatro ?guas.
O lumbung, por outro lado, ? a estrutura mais elaborada de um complexo balin?s. ? semelhan?a de outras regi?es da Indon?sia, o lumbung est? associado ? deusa do arroz Sridevi. Um lumbung balin?s ? basicamente um armaz?m de arroz feito de uma plataforma de madeira elevada do ch?o sobre postes que assentam em pedras de funda??o em vez de um plinto de alvenaria. Muitas vezes, ? constru?da uma plataforma de madeira por baixo do armaz?m de arroz, que proporciona um local de trabalho ? sombra durante o dia e uma plataforma para dormir ? noite. O desenho do telhado de um lumbung varia de local para local; a maioria dos balineses do sul utiliza um telhado de colmo em forma de casco com extremidades de empena em forma de ferradura para o seu lumbung. Este telhado de lumbung carater?stico foi reproduzido em muitas est?ncias de bungalows em Bali[8].
Port?es das casas
O port?o da casa (lawang) - a entrada para um complexo - est? idealmente colocado no lado mais desfavor?vel do complexo, normalmente na parede oeste em dire??o ? extremidade sul (kauh-kelod). ? identificada com o ?nus. Por vezes, esta entrada ? ladeada por santu?rios-port?o (apit lawang). Atr?s da abertura ? constru?da uma pequena parede de tela (aling-aling), que protege o interior e impede a entrada de esp?ritos malignos no recinto da casa. Estes port?es podem ser constru?dos com um simples colmo de erva alang-alang ou fortemente ornamentados, sendo que o grau de elabora??o reflecte o estatuto econ?mico do propriet?rio da casa.
Hierarquia de uma casa
O hindu?smo balin?s ? fortemente influenciado pelo sistema de castas e pelas hierarquias, o que, por sua vez, afectou a arquitetura dom?stica balinesa. Existem quatro divis?es na sociedade balinesa: tr?s castas nobres (coletivamente designadas por triwangsa) e o homem comum (shudra). A triwangsa subdivide-se em realeza e guerreiros (satriy